terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Operação em presídios do RN é destaque em matéria especial da Rede Globo

"Operação Alcatraz", deflagrada para combater facções
Omossoroense
Uma matéria especial levada ao ar na noite do último domingo, pelo Fantástico, revista eletrônica da Rede Globo, mostra detalhes da "Operação Alcatraz", deflagrada na madrugada do dia 2 de dezembro para desarticular quadrilhas e facções criminosas que agem dentro de presídios do Rio Grande do Norte, São Paulo, Paraná e Paraíba. Ação foi coordenada pelo Ministério Público e foi fruto de 10 meses de investigação.
Ao todo foram expedidos 223 mandados de prisão e 97 de busca e apreensão, sendo que 154 mandados de prisão foram cumpridos dentro dos presídios, em detentos que já estavam presos. A operação teve início em 2010, quando a quadrilha começou a atuar nos presídios do RN e chegou a São Paulo, Paraná e Paraíba.
Para se ter uma ideia, durante as investigações foram apreendidas mais de 20 toneladas de drogas. Em Natal, onde parte da organização agia, o empresário Robson Batista Marinho foi preso depois que as investigações apontaram que ele comprava drogas em São Paulo para revender inclusive a detentos que estão em presídios potiguares ou de outros estados, onde a facção tinha ramificação.

Batizado
Ainda conforme a reportagem, um dos absurdos localizados pelas investigações foi o momento em que, por telefone, um preso identificado apenas como "Queimadinho", com passagens na Cadeia Pública de Mossoró e no Complexo Penal Estadual Agrícola Mário Negócio (CPEAMN), é "batizado" para entrarem uma facção criminosa.

Entenda
As ordens judiciais foram cumpridas no Rio Grande do Norte e também nos estados de São Paulo, Paraná e Paraíba. No Rio Grande do Norte, os mandados estão sendo cumpridos em Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Currais Novos, Caicó, Assu, Parelhas, Lajes, Jucurutu, Jardim do Seridó, Jardim de Piranhas, São Vicente, Acari, Cruzeta e Santa Cruz.
A operação baseia-se em investigações de comissões do Ministério Público que duraram 10 meses. Ao longo dos trabalhos, o conhecimento produzido na investigação do Ministério Público possibilitou que a Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal realizassem 75 prisões em flagrante, antes da deflagração, em várias cidades do Estado, o que dá materialidade a crimes de tráfico ilícito de entorpecentes, porte ilegal de arma de fogo e roubo.
Duas organizações criminosas atuam no sistema penitenciário estadual, ditando diretrizes e princípios a serem observados pelos seus integrantes e articulando crimes fora dos presídios, tendo uma delas forte relação com outros estados da Federação.

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